Idades indicadas:
maiores que 8 anos
Buracos Negros e suas Atividades
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carlos.coimbra

Atividade: A cinestésica vida das estrelas  

Esta atividade demonstrará aos estudantes como as estrelas são formadas. Os estudantes farão o papel de aglomerados de gás em uma nebulosa de formação estelar. Eles interpretarão cinestesicamente a jornada de nascimento à morte de uma estrela. Aqui os estudantes aprenderão sobre os principais estágios da evolução estelar e aprenderão sobre a diferença entre a morte de uma estrela de baixa massa e a morte de uma estrela de alta massa.

Materiais

A classe pode se dividir em grupos. Cada grupo deve ter de 8 a 12 pessoas. Duas atividades serão desenvolvidas, uma usando imagens e outra cinestésica, em que os integrantes representarão dinamicamente as etapas da evolução estelar. Para a primeira parte, cada grupo precisará de:

  • Imagens (fotografias de revista ou imagens da internet) de pessoas em vários estágios de vida.
  • Imagens de estrelas em vários estágios de vida.

Parte 1: Organizando imagens sobre evolução estelar

  1. Desafie os estudantes a colocarem em ordem as imagens de pessoas em vários estágios de vida.
  2. Faça o mesmo em relação às imagens de estrelas em vários estágios de vida.
  3. Os estudantes devem justificar por que organizaram as imagens daquela maneira.
  4. As questões levantadas por este desafio podem motivar o conceito de que as estrelas, como os seres humanos, mudam de formas previsíveis à medida que se desenvolvem.
  5. Pergunte aos estudantes o que eles acham que acontecerá com o Sol dentro dos próximos milhões de anos.

Parte 2: Atividade cinestésica sobre evolução estelar

  1. Os estudantes agora farão uma espécie de teatro em que representarão partículas de gás que se unirão para formar uma estrela (o desenho abaixo mostra a sequência da representação por cada grupo). A atividade cinestésica deve obedecer a seguinte sequência:

  2. a) Nebulosa de formação estelar: os estudantes devem, dentro de um espaço delimitado para cada grupo, se movimentarem à vontade, simulando várias nuvens de gás que se aglomeram aleatoriamente. A força da gravidade domina.
    b) Os estudantes de cada grupo agora se reúnem lentamente e formam uma "grande bola". Os que estiverem na parte exterior da bola (o envelope da estrela) continuam a se mover lentamente em direção ao centro. Essa é uma protoestrela: a gravidade domina e começa a fusão nuclear.
  3. c) Os estudantes no centro da estrela são o núcleo estelar e os estudantes ao seu redor são o envelope da estrela. Os estudantes que representam o núcleo ficam cara a cara com os estudantes que representam o envelope. Núcleo e envelope unem suas palmas e empurram levemente uns aos outros (vide a figura no item c.). O sistema deve estar em equilíbrio. Temos uma estrela em sua sequência principal, em que gravidade e pressão térmica nuclear estão em equilíbrio.
  4. d) Os estudantes que representam o núcleo agora conseguem vencer os estudantes que representam o envelope. O envelope agora é empurrado para fora pelo núcleo. A estrela começa a se transformar em uma gigante vermelha: a fusão nuclear está se sobrepondo à força da gravidade.
  5. e) Morte de uma estrela de pequena massa (como o Sol): os estudantes que representam o núcleo empurram o envelope completamente para fora. O envelope se afasta e forma um anel distante ao redor do núcleo. Esse anel se chama "nebulosa planetária". Os estudantes do núcleo agora ficam mais juntos e formam uma nova estrela chamada "anã branca".
  6. f) Morte de uma estrela de grande massa (como Antares, por exemplo): os estudantes que representam o núcleo empurram o envelope, o envelope é jogado para fora, mas volta com força em direção ao núcleo e a estrela explode dramaticamente. Apenas quatro estudantes ficarão no núcleo, bem juntos. Todo o resto do envelope é jogado longe durante a explosão. O núcleo agora se transformou em um buraco negro (ou, em outros casos, em uma estrela de nêutrons).

Créditos:

A presente atividade foi traduzida e adaptada do Astronomy and Education Review de setembro de 2008 (http://aer.noao.edu/cgi-bin/article.pl?id=287).

carlos.coimbra