Sensoriamento Remoto II, Prof. Dr.Ing. Jorge Centeno - UFPR

Transformações espectrais

Contraste e índices

Para comparar duas imagens, podemos calcular a diferença. Se forem iguais, então o resultado da diferença é zero. O problema com a simples diferença é que pode levar a algumas incoerências na realidade, mas matematicamente corretas. Suponha que tem duas séries de números A e B.
A=[ 1 100 1 2 3 2 2 100 110 100]
B=[ 2 105 1 2 3 3 3 105 111 200].

Se calculamos a diferença C=B-A, teremos:
C =[ 1 5 0 0 0 1 1 5 1 100].

O primeiro e o penúltimo valor sofreram uma alteração de "1". Se calcularmos a percentagem que isto significa para cada um deles, em relação a A: P= (B-A)/A teremos um aumento de 100% para o primeiro elemento e de apenas 1.7% para o penúltimo. Ou seja, a variação de uma unidade é significativa para o primeiro elemento, mas insignificante para o penúltimo. Ah! Um aumento de 100% é também observado no último elemento.

Claro que esta comparação é relativa. Por que então não usar como referência B? e fazer... C=(B-A)/B? Isto produz resultados diferentes.

Para contornar este problema usa-se o conceito de contraste. O contraste mede a razão entre a diferença e a grandeza das variáveis envolvidas. P= (B-A)/(B+A) Aplicado este conceito às variáveis A e B teremos:
P= (B-A)/(B+A)=[ 0.333 0.024 0 0 0 0.200 0.200 0.024 0.005 0.333]
uma maneira de comparar as bandas de forma relativa. Este conceito é usado para comparar bandas de faixas diferentes do espectro e produzir alguns índices espectrais.


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Jorge Centeno: centeno@ufpr.br