Transformações espectrais
Índices de vegetaçãoO índice espectral mais conhecido e usado é o índice de vegetação. Com este índice pretende-se enfatizar a vegetação na imagem e, se possível, mostrar seu estado, para responder a questões como:
Quando de vegetação tem na imagem?
Esta vegetação está sadia?
Está seca?
Sofre ação de pragas?
Com base em dois fatos:
a) A vegetação sadia apresenta alta absorção no visível, tendo um pico no vermelho (RED) e
b) alta reflexão no infravermelho próximo (IVP), veja a Figura ao lado,
pode-se concluir que a diferença entre o IVP e o VIS é alta para a vegetação sadia. Quando a vegetação sofre algum estresse, a produção de clorofila diminui, com o que a reflexão no visível aumenta, tornando a diferença menor. Então, pode-se propor um índice para monitorar vegetação como sendo:
Aplicando-se o conceito de contraste a estas duas bandas obtêm-se índice de vegetação por diferença Normalizada ou Normalized Difference Vegetation Index - NDVI, que varia entre -1 a +1.
Valores altos do NDVI correspondem a vegetacao sadia e densa enquanto valores pequenos mostram vegetação seca, sob estresse, ou pouco densa.
- É possível diferenciar vegetação de outros alvos?
- Como aparece a vegetação mais densa ou sadia em relação àquela mais seca/rala?
- Por que a água aparece tão escura?
existem outros índices similares, como:
O SAVI, soil adjusted vegetation index, que usa uma constante para minimizar o efeito do brilho do solo
O EVI, enhanced vegetation index, que inclui as duas faixas de absorção da clorofila na região do visível (RED e BLUE). C1, C2 são coeficientes para cada banda, X um fator de ajuste associado ao fundo and G um ganho ou fator de escala.
Para saber mais...
Kogan, F.N., 1995: Droughts of the late 1980s in the United States as derived from NOAA polar-orbiting satellite data. Bulletin of the American Meteorology Society, 76(5):655–668. DOI: 10.1175/1520-0477(1995)076<0655:DOTLIT>2.0.CO;2.
Tarpley, J.D., S.R. Schneider and R.L. Money, 1984: Global vegetation indices from the NOAA-7 meteorological satellite. Journal of Climate and Applied Meteorology, 23:491–494. DOI: 10.1175/1520-0450(1984)023<0491:GVIFTN>2.0.CO;2.
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Jorge Centeno: centeno@ufpr.br