Universidade
Federal do Paraná
Setor de Ciências Humanas,
Letras e Artes
Departamento de História
História do Brasil II
(HH061)
Professor responsável: Luiz
Geraldo Silva.
E) Iconografia da abolição
Miguel
Navarro y Cañizares. Alegoria à Lei do Ventre Livre (1871).
Ex-voto dedicado, em Salvador, Bahia, ao Senhor Bom Jesus do Bonfim.
A.
D. Bressae. Alegoria à Lei do Ventre Livre (c. 1871).
Ângelo
Agostini. De volta do Paraguai. (Vida Fluminense, nº 12, junho,
1870).
Na representação de Agostini, ex-escravo combatente e
condecorado vê sua própria mãe no tronco ao voltar
da guerra.
Fuga de escravos, óleo sobre tela por François
Auguste Biard (1859).
Aos poucos, o imaginário do império contemplava os seres
invisíveis designados pela expressão "elemento servil".
O texto breve e seco da Lei Áurea, de 13 de maio de 1888.
Pereira
Neto. José do Patrocínio. (Revista Ilustrada, outubro de 1888).
Nela se lê: “Das pedras que lhe atiram, a gratidão e o patriotismo
irão fazendo um pedestal para a estátua que a posteridade terá de erigir, um
dia!”.
Ângelo Agostini (atribuição). Oportunismo político depois da Lei
do Ventre Livre. (Revista Ilustrada, 31 de julho de 1884). Nesta se lê: “Depois de a terem tão guerreado,
hoje eles abraçam essa lei com entusiasmo! Que ridícula incoerência!”; Ângelo Agostini (atribuição). Projeto de uma estátua
eqüestre. (Revista Ilustrada, 4 de outubro de 1880).
Nela se lê: “Projeto
de uma estátua eqüestre para o ilustre chefe do partido liberal. Esta estátua
deve fazer pendant com a de Pedro I, e será colocada no dia 7 de setembro de
1881. À memória dos ilustres fazendeiros de cebola é que devemos mais esse
monumento das nossas glórias"; Ângelo Agostini (atribuição). Caricatura de Francisco
Glicério. (Revista Ilustrada, s/d).
Nela se lê: “O sr. F.
Glicério osculando-se atrás de reposteiro: — Ó diabo: vou enrubescer de
vergonha”. “A verdade, que é um desmancha-prazeres, apresenta ao sr. F.
Glicério, a carta que esse escreveu ao Dr. Tavares e observa que mais depressa
se apanha um líder do que um coro”. “Eis aí o candidato pelo segundo distrito.
O manifesto é bonito — ele é o Zé do Pato”
Ângelo Agostini (atribuição). À Revista durante os
festejos comemorativos da Abolição. (Revista Ilustrada, 19 de maio
de 1888).
Nela se lê: “A Revistadurante os festejos comemorativos
à Abolição — Faltaríamos a mais sagrada das chapas se, antes de encetarmos a
reprodução dos festejos, não gravássemos nesta primeira página, os nossos
agradecimentos a todas as sociedades, corporações e classes que tanto nos
saudaram durante estas festas”.
Pereira Neto. Alegoria da à Lei do Ventre Livre
(Revista Ilustrada, 28 de setembro de 1888).
Nela se lê: “Ao Visconde de Rio Branco, 17 anos depois da
áurea lei que libertou os berços, homenagem da Revista Ilustrada”; Pereira Neto. Presente do Papa à Princesa Isabel:
a Rosa de Ouro. (Revista Ilustrada, 6 de outubro de 1888).
Nela se lê: “No Brasil, a rosa de ouro floresceu sobre os
destroços de uma instituição nefanda pelos clarões do sol de 13 de maio. Sendo
assim, não há a recear que os seus espinhos firam a liberdade”; Ângelo Agostini (atribuição). A lavoura e os
atuais libertos. (Revista Ilustrada, 2 de julho de 1888).
Nela se lê: “A lavoura e os naturais libertos — Ué! Ontem
tanta lambada pra trabaiá, e hoje só dinheiro e adulação eh, eh!”; Ângelo Agostini (atribuição). A festa da Glória, e
alguns efeitos da lei de 13 de maio. (Revista Ilustrada, 18 de
agosto de 1888).
Nela se lê: “Nos bondes”; “Ai vem a família Pitada (...)
Misericórdia, e nem uma rapariga em casa”; “Seu Zuzé Congo e sua Excelentíssima
Família”; “Todos os crioulos na festa da Glória e este (...) cidadão aqui a
esquentar água para o chá”; “Liberdade é muito bom, mas cria calos que é o
diabo”; “Fiquei com o corpo livre, mas estou com os pés no cativeiro”; “Roubado
pelos gatunos! Eis uma sensação que nunca tive antes da lei”.
15. Ângelo Agostini (atribuição). 29 de julho de 1888.
(Revista Ilustrada, 28 de julho de 1888).
Ângelo Agostini (atribuição). A Pátria repele os
escravocratas (Revista Ilustrada, c. 1880-1888).
Nela se lê: “Não vos
aproximeis de mim! Vossas mãos ainda tintas do sangue dos escravos manchariam
as minhas vestes! Retirai-vos, eu não vos quero...”
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