Reforma Agrária


Agricultura e mercado no Brasil. Esse artigo apresenta o conteúdo da palestra que eu proferi no XIX Encontro Nacional de Geografia Agrária e as polêmicas que se seguiram à apresentação.


José de Souza Martins foi a referência teórica mais importante da Geografia Agrária brasileira no momento em que esse ramo da disciplina foi renovado pelos pressupostos da Geocrítica. Ao contrário do que ocorre com os geógrafos, porém, o pensamento de Martins vem sofrendo consideráveis transformações ao longo dos últimos anos, motivo pelo qual  as referências à sua obra em trabalhos recentes de Geografia se concentram principalmente nos estudos que ele produziu até o final dos anos 80. Vale a pena conferir esse texto.


Raul Jungmann, ex-ministro do Desenvolvimento Agrário do governo FHC, é figura maldita para a Geografia brasileira, por motivos óbvios. No entanto, os resultados da política de reforma agrária do governo Lula mostram que a visão dele sobre esse tema merece receber atenção por parte dos geógrafos. De um lado, vê-se que a política de reforma agrária do atual governo dá continuidade àquela praticada no governo anterior, já que muito distante da "distribuição de terras ampla e maciça" sonhada por geógrafos e outros militantes do MST; de outro lado, o número de invasões e de mortes em conflitos agrários explodiu no primeiro mandato de Lula, como demonstram os Relatórios da Ouvidoria Agrária. Fatos como esses reforçam a visão de Jungmann.


Assentamentos da reforma agrária, meio ambiente e unidades de conservação. Esse artigo foi escrito por vários autores e apresenta uma excelente análise da atual política de reforma agrária, a qual pode ser resumida assim: "A reforma agrária, como é feita atualmente, se apóia em justificativas ideológicas e tem produzido como resultado final uma combinação de enorme destruição ambiental com avanços sócio-econômicos, na melhor das hipóteses, modestos".

 

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