A família escrava nas
Américas.
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Mulher carregando uma
criança, Trinidad, c.
década de 1830.
Fonte: Richard Bridgens. West India Scenery...from sketches taken
during a voyage to, and residence of seven years in ... Trinidad.
(London, 1836), plate 13. Recolhido do website Slavery
Images.
Descrição: Esta imagem mostra mulher com colar no
pescoço e lenço na cabeça, carregando uma
criança e um pequeno cesto; ao fundo se vê algumas casas
de palha, certamente locais de moradias de escravos numa plantation.

Família escrava no Suriname, c.
década de 1770
Fonte: John Gabriel Stedman. Narrative, of a Five Years' Expedition,
against the revolted Negroes of Surinam . . . from the year 1772, to
1777. (London, 1796), vol. 2, facing p. 280. Recolhido do
website Slavery Images.
Descrição: Na fontes, esta imagem é descrita como
"Family of negro Slaves from Loango" (Família de negros escravos
de Loango). O homem está carregando uma cesta contendo peixes
pequenos e uma rede sobre sua cabeça; sua mulher está
grávida, e carrega uma cesta de frutas, tendo um filho às
costas enquanto enrola algodão num eixo e fuma cachimbo.

Batismo de um homem negro
Óleo sobre tela de F. J. Stober, 1878.
Fonte: Aguillar, Nelson (Org.). Mostra
do redescobrimento: negro de corpo e alma. São Paulo:
Associação Brasil 500 Anos Artes Visuais, 2000.
Descrição: Padre branco batiza criança negra. Ao
fundo nota-se a presença de crianças negras e
índias, provavelmente uma referência ao trabalho
missionário colonizador na América. Acima, anjos barrocos
sacramentam a cena. Note-se também que o padre tem na mão
esquerda uma bíblia, ao passo que com a mão direita banha
a cabeça da criança negra, que está logo acima da
pia batismal, com uma espécie de concha.

Negras novas a caminho da igreja para o batismo
Litografia colorida a mão de Jean Baptiste Debret, 1834-1839.
Fonte: Aguillar, Nelson (Org.). Mostra do redescobrimento: negro de corpo
e alma. São Paulo: Associação Brasil 500
Anos Artes Visuais, 2000, p. 103.
Descrição: Mulheres negras levando crianças no
colo para que estas sejam batizadas. Note-se que duas das três
mulheres e o homem negro que vai a frente delas se encontram
descalços. À frente dos quatro, um
funcionário eclesiástico, também negro,
espera à porta. Na sua mão direita segura algo semelhante
a uma hóstia.

Casa de Negros
Litografia colorida a mão de Johann Moritz Rugendas
Fonte: Aguillar, Nelson (Org.). Mostra do redescobrimento: negro de corpo
e alma. São Paulo: Associação Brasil 500
Anos Artes Visuais, 2000.
Descrição: Residência de familia
negra mostrando seu cotidiano. Percebe-se ao fundo, no alto, a
casa-grande. Nesta, na varanda, uma mulher branca observa a vida dos
negros. A casa é lugar de domir, de produzir o fogo - vai daí a
denominação dos domícilios.
A vida social em torno do fogo inclui a fabricação
de esteiras, o descanso, a brincadeira das crianças. Note-se,
finalmente, que a idéia de fogo era literal: uma mulher traz, do
interior da casa, uma brasa para acender o cachimbo do homem sentado
à porta.
Interior de uma casa do baixo povo
Desenho aquarelado de Joaquim Candido Guillobel, 1820.
Fonte: Moura, Carlos Eugênio Marcondes de. A travessia da calunga grande:
três séculos de imagens sobre o negro no Brasil
(1637-1899). São Paulo: Editora da Universidade de São
Paulo, 2000.
Descrição:
Interior de uma casa habitada aparentemente por uma família
negra . No centro do desenho encontram-se um homem e uma mulher
deitados em redes, ambos fumando longos cachimbos. À esquerda
uma criança em pé trabalha em um pilão. Ao seu
lado, uma mulher segura criança de colo. Nota-se
finalmente que a casa é coberta de palha, a qual também
está presente a janela, e que a mobília reduz-se a uma
pequena cômoda e as redes.

Casamento de negros de uma família rica
Desenho de Jean Baptiste Debret & Viscondessa de Portes e litografia de Thierry Frères, 1834-1839.
Fonte: Moura, Carlos Eugênio Marcondes de. A travessia da calunga grande:
três séculos de imagens sobre o negro no Brasil
(1637-1899). São Paulo: Editora da Universidade de São
Paulo, 2000.
Descrição: Cerimonia matrimonial entre negros. Ao centro
encontram-se o padre ladeado pelos noivos. Estes estão de
mãos dadas e recobertas pela estola do
clérigo. Os padrinhos , todos bem vestidos, encontram-se
divididos por gênero: os homens ao lado do noivo e as mulheres da
noiva. Nota-se que no piso existem túmulos numerados, denotando
a prática comum de se enterrar os fiéis dentro das
igrejas.

Negras do Rio de Janeiro
Desenho de Johann Moritz Rugendas e litografia de Maurin, 1835.
Fonte: Moura, Carlos Eugênio Marcondes de. A travessia da calunga grande:
três séculos de imagens sobre o negro no Brasil
(1637-1899). São Paulo: Editora da Universidade de São
Paulo, 2000.
Descrição: Duas mulheres negras fazem
transação envolvendo a compra de adereços
femininos. A que está em pé, comprando - uma negra
vendedeira de frutas - carrega filho às costas à maneira
africana. A prática de carregar filho às costas era
bastante disseminada na África e em toda Afro-América.
Ela permitia à mulher negra - cuja família muitas
vezes era composta por apenas mãe e filhos - ter mais
autonomia em suas atividades cotidianas.

Negra do tabuleiro carregando filho às costas
Fotografia de Christiano Júnior, s/d.
Fonte: Azevedo, Paulo César de & Lissovsky, Mauricio (Orgs.). Escravos Brasileiros do século XIX na fotografia de Christiano Jr. São Paulo: Editora Ex Libris, 1988.
Descrição: Posando em estúdio, mulher vendedeira
de tabuleiro carrega filho às costas à maneira africana.

Retrato de família negra
Fotografia emoldurada em tecido, autor desconhecido, c. 1915-1925.
Fonte: Aguillar, Nelson (Org.). Mostra do redescobrimento: negro de corpo
e alma. São Paulo: Associação Brasil 500
Anos Artes Visuais, 2000.
Descrição: Família negra posa em estúdio
nas primeiras décadas do século XX. A família
é formada por casal e três filhos. Aparentemente, trata-se
de família negra abastada, visto suas roupas e seus modos
requintados.