Os lugares de memória materialmente se apresentam como vestígios, restos, testemunhos do que já passou. Seu tempo é o que se expressa pelo desaparecimento da essência íntima da memória para reviver sob a operação intelectual que constrói a história. (Luporini, 2000, p.212).

     É, contudo, na observância desses vestígios da cultura material que podemos verificar o elo com a identidade e a história dos indivíduos. Pois eles são portadores de uma memória e cultura histórica. E então, porque preservar?
    Um objeto pode refletir aspectos culturais de uma sociedade, mas também a estrutura social do seu contexto de fabricação e uso. As experiências vividas por um indivíduo, pela comunidade e o sentimento que se cria com o objeto.
   Não significa guardar por apenas guardar. Os objetos, segundo Rede (1996) não podem ter sua materialidade dissociada das suas funções culturais e sociais. Só assim podemos vislumbrar o sentido e significado que eles adquirem no tempo e no espaço.

Referências. 
LUPORINI, Teresa Jussara. Lugares de Memória: políticas pela preservação do patrimônio cultural. In: Ciências e Letras. Porto Alegre. FAPA, nº27, 2002.
REDE, Marcelo. História a partir das coisas: tendências recentes nos estudos de cultura material. Anais do Museu Paulista. São Paulo. N. Sér. v.4 p.265-82 jan./dez. 1996.

FOTOS DE ALGUNS OBJETOS ANTIGOS

                                           

                                       Telefone antigo                            Louças de porcelana, imagens de santos,             Mural com moedas e cédulas de 
                                                                                       quadros de formatura, instrumentos de trabalho                   dinheiro antigo        

                                                             

                                           

                                         Rádio Standard Eletrico                            Ferro à brasa                                                      Chaleira e bule