O objetivo desta seção é encontrar índices de capacidade para para processos. Procure entender os comandos do R e interpretar os resultados.
No pacote qcc
há duas funções que realizam a análise de capacidade de um processo. A primeira é a função process.capability()
, que faz um histograma dos dados, calcula os índices ce capacidade e ainda estima o número de observações que deverão ultrapassar os limites de especificação.
Inicialmente, vamos chamar o pacote qcc
e trabalhar com o conjunto de dados sobre anéis de pistão (pistonrings):
> require(qcc) > data(pistonrings) > attach(pistonrings)
Para utilizar a função process.capability()
, deve-se obter um gráfico de controle do tipo `xbar'. É a partir deste objeto que a função process.capability()
irá obter as informações para calcular os índicess de capacidade.
Observe os argumentos dessa função e veja que várias informações podem ser fornecidas para a obtenção dos índices.
> args(process.capability) function (object, spec.limits, target, std.dev, nsigmas, confidence.level = 0.95, breaks = "scott", add.stats = TRUE, print = TRUE, restore.par = TRUE)
Aqui, object deve ser um gráfico de controle do tipo `xbar'. spec.limits são os limites de especificação. target é o valor nominal, em geral, o ponto médio entre os limites de especificação, e std.dev é o desvio padrão. O desvio padrão pode ser obtido diretamente do gráfico de controle (mais comum) ou então, ser fornecido.
Para usar a função devemos criar um objeto `qcc'. Utilizaremos os dados das 25 primeiras amostras:
> diameter <- qcc.groups(diameter, sample) > q <- qcc(diameter[1:25,], type="xbar", nsigmas=3, plot=T)
Para obter os índices, inicialmente, vamos fornecer os limites de especificação corretos (essa informação é obrigatória) e o desvio padrão obtido no gráfico R:
> process.capability(q, spec.limits=c(73.95,74.05),std=0.0099)
Observe no gráfico que o processo não está perfeitamente centrado, por isso as diferenças entre e
.
Agora, vamos experimentar algumas mudanças nos argumentos da função e ver como isso afeta os índices de capacidade do processo.
Por exemplo:
> process.capability(q, spec.limits=c(73.93,74.07),std=0.0099)
Observe que agora, muitos pontos ficam fora dos limites de especificação, ou seja, muitos produtos não-conformes ou defeituosos. Veja, ainda, que, aparecem os percentuais de observações esperadas e observadas, respectivamente, que ultrapassam os limites de especificação.
> process.capability(q, spec.limits=c(73.94,74.06),std=0.0099)
O processo melhorou bastante. Nesse caso, temos um processo dentro do padrão Seis Sigma!
> process.capability(q, spec.limits=c(73.95,74.05), target=74.02)
Desse modo, o processo não está centrado no valor nominal desejado. Por isso, o valor de é pequeno, como era de se esperar.
Experimente fazer outras mudanças, inclusive do desvio padrão para ver como se comportam os índices. Não esqueça de interpretá-los!
No R há uma função chamada process.capability.sixpack()
que cria um conjunto de gráficos referentes a análise do processo, além de fornecer os índices de capacidade estudados.
Para usar essa função, basta seguir os mesmos procedimentos utilizados na função process.capability()
:
> process.capability.sixpack(q, spec.limits=c(73.95,74.05))
Como novidade, este ressultado apresenta um Gráfico Normal de Probabilidade para avaliar se realmente os dados apresentam um distribuição Normal.
Visite o site e veja como se comportam os índices de capacidade em função da distribuição dos dados.
> x <- matrix(rnorm(100, 0, 1), ncol=5) > q <- qcc(x, type="xbar", plot=FALSE) > process.capability.sixpack(q, spec.limits = c(-2,2), target=0)
Você pode:
adilson dos anjos 2008-09-18