Terremoto no Haiti
O sismo
do Haiti de 2010 foi um terremoto catastrófico que teve seu epicentro na parte
oriental da península de Tiburon, a cerca de 25 km da capital haitiana, Porto
Príncipe,foi registrado às 16h53m10s do horário local (21h53m10s UTC), na
terça-feira, 12 de janeiro de 2010. O abalo alcançou a magnitude 7,0 Mw 4 e
ocorreu a uma profundidade de 10 km (6,2 mi). O Serviço Geológico dos Estados
Unidos registrou uma série de pelo menos 33 réplicas sismológicas, 14 das quais
eram de magnitude 5,0Mw a 5,9Mw.5 O Comitê Internacional da Cruz Vermelha
estima que cerca de três milhões de pessoas foram afetadas pelo sismo;6 o
Ministro do Interior do Haiti, Paul Antoine Bien-Aimé, antecipou em 15 de
janeiro que o desastre teria tido como consequência a morte de 100 000 a 200
000 pessoas.
O
terremoto causou grandes danos a Port-au-Prince, Jacmel e outros locais da
região. Milhares de edifícios, incluindo os elementos mais significativos do
patrimônio da capital, como o Palácio Presidencial, o edifício do Parlamento, a
Catedral de Notre-Dame de Port-au-Prince, a principal prisão do país8 9 10 e
todos os hospitais, foram destruídas ou gravemente danificadas.11 A Organização
das Nações Unidas informou que a sede da Missão das Nações Unidas para a
estabilização no Haiti (MINUSTAH), localizada na capital, desabou e que um
grande número de funcionários da ONU havia desaparecido.12 A morte do Chefe da
Missão, Hédi Annabi, foi confirmada em 13 de janeiro pelo presidente René
Préval.13
Muitos
países responderam aos apelos pela ajuda humanitária, prometendo
fundos, expedições de resgate, equipes médicas e engenheiros. Sistemas
de comunicação, transportes aéreos, terrestres e aquáticos, hospitais,
e redes elétricas foram danificados pelo sismo, o que dificultou a
ajuda nos resgates e de suporte; confusões sobre o comando das
operações, o congestionamento do tráfego aéreo, e problemas com a
priorização de voos dificultou ainda mais os trabalhos de socorro.
Necrotérios de Port-au-Prince foram rapidamente esmagados; o governo
haitiano anunciou em 21 de janeiro que cerca de 80 mil corpos foram
enterrados em valas comuns. Com a diminuição dos resgates, as
assistências médicas e sanitárias tornaram-se prioritárias. Os atrasos
na distribuição de ajuda levaram a apelos raivosos de trabalhadores
humanitários e sobreviventes, e alguns furtos e violências esporádicos
foram observados.
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