Historiografia
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Obras
A Revolução de 1930 - Historiografia e História Boris Fausto ENTREVISTA
COM BORIS FAUSTO Nascido
em 1930, filho de imigrantes
judeus de origem pobre, veio a graduar-se em direito em 1953,
tornado-se
procurador do Estado em 1962. A opção pela
história ocorreu um pouco mais
tarde, com a graduação na área em 1967. Sua
primeira grande obra foi a sua tese
de doutorado “A Revolução de 1930”, que saiu
publicada inicialmente em 1970. Este
livro foi construído a partir do uso de elementos de
memória – recortes de
revistas, outros documentos – sem, contudo se centrar em quem os
produziu ou em
qual era sua posição ideológica – tratava-se
apenas de retratá-los como
subsídios relevantes para o trabalho. A
proposta de Boris Fausto no livro
era de discutir as explicações existentes à
época acerca da Revolução de 1930.
Por um lado, tinha-se a corrente difundida por Virgínio Santa
Rosa, Nelson
Werneck Sodré, Guerreiro Ramos e Helio Jaguaribe, os quais
defendiam que a
Revolução de 1930 tinha sido um movimento de classes
médias, sendo, portanto
decorrente de uma questão eminentemente econômica, ligada
à disputa entre
setores médios e grandes fazendeiros. Por
outro lado, tinha-se a tese
defendida por Wanderley Guilherme dos Santos e Ruy Mauro, para quem a
Revolução
de 1930 decorreria da cisão na burguesia nacional, que permitiu
a ascensão da
burguesia industrial ao aparelho do Estado. Para
Boris Fausto, a Revolução de
1930 seria o resultado do conflito intra-oligárquico fortalecido
por movimentos
militares dissidentes, que tinham como objetivo golpear a hegemonia da
burguesia cafeeira. Ou seja, em virtude da incapacidade das demais
frações de
classe para assumir o poder de maneira exclusiva, e com o colapso da
burguesia
do café, abriu-se um vazio de poder, que teria gerado o Estado
de Compromisso. O
Estado de Compromisso é, portanto,
a chave analítica que permite ao autor compreender a
revolução como um produto
da questão política do regionalismo. Assim, como nenhum
dos grupos que
participaram do movimento oferecia legitimidade ao Estado, abriu-se um
"vazio de poder", o que conduziu a um compromisso entre as
várias
frações de classe e "aqueles que controlam as
funções do governo",
sem vínculos de representação direta. Passados 40 anos da primeira edição do livro, o que mudou quanto à interpretação que o autor faz das razões que culminaram na Revolução de 1930? Confira aqui a
entrevista na integra. |
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