Por uma crítica da Geografia Crítica A Geografia Crítica brasileira: reflexões sobre um debate recente. Esse artigo, publicado na revista Geografia (Rio Claro-SP, v. 28, n. 3, 2003), retoma os debates travados no I Colóquio Nacional de Epistemologia da Geografia para demonstrar que, contrariamente ao que chegou a ser dito nesse evento, o marxismo foi a principal referência teórico-metodológica, ética e ideológica da chamada Geocrítica. O artigo procura também demonstrar que essa é a corrente do pensamento geográfico que se tornou amplamente predominante no Brasil a partir do final dos anos 70 e início dos 80, motivo pelo qual seus pressupostos estão presentes na maioria esmagadora dos trabalhos acadêmicos publicados por geógrafos e nos livros didáticos utilizados no ensino médio e fundamental. Para além da Geografia: a crise do pensamento crítico no Brasil. O contexto histórico atual, marcado pela crise do marxismo e das esquerdas, torna imprescindível rediscutir a forma como a Geografia brasileira (pautada pelas idéias da Geocrítica) concebe as relações entre Estado, mercado e sociedade em sua produção científica e em seus posicionamentos éticos e político-ideológicos. A chegada de Lula à presidência acrescentou novas evidências da crise do pensamento crítico e, portanto, da necessidade de uma rediscussão dos rumos da Geografia nos moldes em que tenho proposto, rediscussão essa que os geógrafos brasileiros simplesmente se recusam a fazer. O documento que resolvi disponibilizar por meio do link acima não é na verdade um artigo, mas apenas uma compilação de discursos que evidenciam claramente as contradições teóricas, políticas e éticas que se descortinaram aos intelectuais de esquerda com o abismo criado entre as práticas e discursos do PT quando este conquistou o poder em nível federal. Privataria! Esse texto de Carlos Alberto Sardenberg complementa muito bem os trabalhos indicados acima e abaixo. Imposturas intelectuais numa era de crise das esquerdas: o caso das privatizações de bancos estaduais. Elaborei esse breve texto, dirigido aos meus alunos, para evidenciar a necessidade de rediscutir as relações entre ciência, ética e política no contexto da Geografia brasileira e, de forma mais ampla, das ciências sociais. Nesse sentido, ele funciona como complemento para algumas discussões que estão na página Textos de Opinião. Ali Kamel é um dos melhores jornalistas do Brasil atual. Autor do livro "Não Somos Racistas" (que eu li e recomendo fortemente), tem também se preocupado em denunciar o uso de livros didáticos como peças de propaganda ideológica das ditaduras comunistas e do governo Lula. O artigo que selecionei mostra cabalmente que o governo Lula distribui livros didáticos que mentem descaradamente sobre o Plano Real e sobre o Fome Zero, programa do governo que nunca saiu do papel.
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