Autor desconhecido. O Cais do Varadouro em Olinda (1690)

Universidade Federal do Paraná | Setor de Ciências Humanas | Departamento de História 
Disciplina: História do Brasil A (HH 158) |Professor responsável: Luiz Geraldo Silva | Ementa: Estudos de revisão historiográfica sobre o Brasil colonial | 
Segundo semestre de 2016



 

 

 

 

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De acordo com a Resolução 60/16 do Conselho de Ensino Pesquisa e Extensão da UFPR, temos um Plano de Ensino e um novo Calendário para a disciplina História do Brasil A (HH158). Confira o Plano de Ensino e o novo calendário aqui. O novo calendário começa vigir a partir desta sexta feira, 16 de dezembro de 2016.

NOVO! Acesse os resultados finais da disciplina História do Brasil A (HH158) na página Avaliação.

Programa

 


1. A expansão ultramarina portuguesa 


Textos para leitura e discussões em sala de aula:
A) ALENCASTRO, L. F. A economia política dos descobrimentos. In: NOVAES, Adauto (Org.). A descoberta do homem e do mundo. S. Paulo: Cia. das Letras, 1998, respectivamente pp. 193-207
.
B)
HESPANHA, António Manuel & SANTOS, Maria Catarina. Os poderes num império oceânico. In: HESPANHA, António Manuel (Coord.). História de Portugal. (vol. 4). Lisboa: Estampa, 1998, pp. 351-366 (Apresentação:  Sheila Torquato Humphreys e Janaina Machado)

Aspectos para ordenar a elaboração do relatório referente ao Tópico 1:
1. Discuta aspectos ideológicos, políticos e de interpretação relativos à expansão europeia em geral e portuguesa em particular; 
2. Produza comparações entre espaços conectados pela expansão portuguesa;
3. Discuta as diferenças entre os sistemas dominantes no Índico e no Atlântico;
4. Analise as justificativas ideológicas da expansão portuguesa e os contra-ataques dos novos impérios do Norte europeu àquelas justificativas; 
5. Discuta os vários padrões administrativos, formais e informais, vigentes no âmbito do império português.


2. O mundo do trabalho na América portuguesa



Textos para leitura e discussões em sala de aula:
A) SCHWARTZ, Stuart B. O Brasil colonial, c. 1580-1750: as grandes lavouras e as periferias. In: BETHEL, Leslie (Org.). América Latina colonial. Trad. Mary A. L. de Barros & Magda Lopes. S. Paulo: Edusp/FUNAG, 1999, pp. 339-402.
B) RUSSELL-WOOD, A. J. R. O Brasil colonial: o ciclo do ouro, c. 1690-1750. In: BETHEL, Leslie (Org.). América Latina colonial. Trad. Mary A. L. de Barros & Magda Lopes. S. Paulo: Edusp/FUNAG, 1999, pp. 471-525 (Apresentação: Beatriz Robaina Virmond e Evandro Ferreira Florscuk).

Documentos para discussão em sala de aula e para elaboração de trabalhos:
A) MELLO, José Antonio Gonsalves de (Ed.). Fontes para a história do Brasil holandês (Vol. 1). Recife: PHNG/MEC/SPHAN/Fundação Pró-Memória, 1981,
B) SILVEIRA, Marco Antonio. Narrativas de contestação. Os Capítulos do crioulo José Inácio Marçal Coutinho (Minas Gerais, 1755-1765). História Social, n. 17, segundo semestre de 2009, pp. 285-307.

Aspectos para ordenar a elaboração do relatório referente ao Tópico 2:
1. Analise o mundo do açúcar no Brasil colonial, enfatizando as distinções entre senhores de engenho e lavradores de cana;
2. Examine as atividades subsidiárias ao mundo do açúcar (pecuária, fumo, etc.) a partir de sua hierarquia de terras, cor e vinculaçao ao mercado atlântico;
3. Discuta as particularidades do Extremo Norte e do Extremo Sul ao longo da era colonial;
4. Analise o estabelecimento do Estado português na região das minas;
5. Examine as práticas da mineração;
6. Discuta as características sociais, religiosas e culturais da sociedade mineradora.


3. O mundo indígena: imagens e representações de Tupis e Tapuias


Textos para leitura e discussões em sala de aula:
A) MONTEIRO, John Manuel. As populações indígenas do litoral brasileiro no século XVI: transformação e resistência. In: PAULINO, Francisco Faria (Org.). Nas vésperas do mundo moderno: Brasil. Lisboa: Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses, 1992, pp. 121-136.
B) RAMINELLI, Ronald. Habitus canibais. Os índios de Albert Eckhout. In: HERKENHOFF, Paulo (Org.). O Brasil e os holandeses (1630-1654). Rio de Janeiro: Sextante Artes, 1999, pp. 104-121 (Apresentação: João Dornelles e Carolina Borges).
C) MONTEIRO, John M. Tupis, tapuias e historiadores. Estudos de História Indígena e do Indigenismo. (Tese Apresentada para o Concurso de Livre Docência). Campinas: UNICAMP, 2001, cap. 1.


Documentos para discussão em sala de aula e para elaboração de trabalhos
:
A) GÂNDAVO, Pero de Magalhães de. Tratado da terra & História do Brasil. 12ª ed. Recife: Fundação Joaquim Nabuco/Editora Massagana, 1995, pp. 24-31, 113-120.
B) SOUZA, Gabriel Soares de. Tratado descritivo do Brasil em 1587. 5ª ed. São Paulo: Editora Nacional; Brasília: INL, 1987, pp. 299-342.
C) BARLÉU, Gaspar. História dos feitos recentemente praticados durante oito anos no Brasil e noutras partes sob o governo do ilustríssimo João Maurício, Conde de Nassau. Trad. Cláudio Brandão. Rio de Janeiro: Ministério da Educação, 1940, pp. 22-25.
 
Aspectos para ordenar a elaboração do relatório referente ao Tópico 3:

1. Analise a diversidade do mundo social indígena existente na América portuguesa ao longo do contato;
2. Discuta as relações entre portugueses e indígenas e indique seus traços centrais;
3. Examine as mutações nas representações sobre o índio no Brasil entre os séculos XVI e XVII.


4. África, africanos e crioulos na América portuguesa


Textos para leitura e discussões em sala de aula:
A) KLEIN, Herbert S. A demografia do tráfico atlântico de escravos para o Brasil. Estudos Econômicos. Vol. 17, nº 2, maio/agosto, 1987, pp. 129-149 (Apresentação: Vinicius Rodrigues Mesquita).
B) SCHWARTZ, Stuart B. Escravos, roceiros e rebeldes. Trad. Jusssara Simões. Bauru: Edusc, 2001 (Cap. 5). (Apresentação: Flávia Rhafaela Pereira e Tamiris Rusla Jacob)
C) MARQUESE, Rafael de Bivar. A dinâmica da escravidão no Brasil: resistência, tráfico negreiro e alforrias, séculos XVII a XIX. Novos Estudos - CEBRAP.  Nº 74, 2006, pp. 107-123 (Apresentação: Alice Almeida).
D) HERKENHOFF, Paulo. Representação do negro nas Índias ocidentais. Barléus, Post e Eckhout. In: HERKENHOFF, Paulo (Org.). O Brasil e os holandeses (1630-1654). Rio de Janeiro: Sextante Artes, 1999, pp. 122-159.

Documentos para discussão em sala de aula e para elaboração de trabalhos:

A) PIGAFETTA, Filipo & LOPES, Duarte. Relação do Reino do Congo e das terras circunvizinhas. Lisboa: Publicações Alfa, 1989, pp. 9-57.
B) Relação das guerras feitas aos Palmares de Pernambuco no tempo do Governador D. Pedro de Almeida de 1675 a 1678. In: Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. Vol. 22, 1859, pp. 303-329. 

Aspectos para ordenar a elaboração do relatório referente ao Tópico 4:
1. Analise os números do tráfico de escravos para o Brasil considerando as características de suas distintas fases entre os séculos XVI e XIX; 
2. Explore e compare as diferenças nas estimativas do tráfico de escravos oferecidas por Klein e os dados disponíveis na The Trans-Atlantic Slave Trade Database;
3. Discuta os distintos enfoques oferecidos por Schwartz e por Marquese acerca da noção de "resistência escrava" no Brasil.  


5. Catolicismo e religiosidades na América portuguesa


Textos para leitura e discussões em sala de aula:
A) HOORNAERT, Eduardo. La iglesia católica en el Brasil colonial. In: BETHELL, Leslie (Ed.). História de América Latina (Vol. 2: América latina colonial en los siglos XVI, XVII e XVIII). Barcelona: Editorial Critica, 1990, pp. 208-220 (Apresentação: Sheila Torquato Humphreys)
B) SOUZA, Laura de Mello e.  O diabo e a terra de Santa Cruz. São Paulo: Cia. das Letras, 1989, cap. 2 (Apresentação:  Bruna Trautwein Barbosa e Pricyla Weber).
C) VAINFAS, Ronaldo. A heresia dos índios. Catolicismo e rebeldia no Brasil colonial. São Paulo: Cia. das Letras, 1995, caps. 2 e 3 (Fernanda Lages e Pamela Oliveira).
D) REIS, João José. Magia Jeje na Bahia: a invasão do Calundu do Pasto de Cachoeira, 1785. Revista Brasileira de História. Vol. 8, nº 16, mar/ago. 1988, pp. 57-81 (Cláudio Santos e Rute Rodrigues).

Documentos para discussão em sala de aula e para elaboração de trabalhos
:
A) Denunciações e confissões de Pernambuco, 1593-1595: primeira visitação do Santo Ofício às Partes do Brasil (Estudo introdutório de José Antônio Gonsalves de Mello). Recife: Fundarpe, 1984.
B) Primeira visitação do santo ofício as partes do Brasil: denunciações da Bahia 1591-93. São Paulo: S.N., 1925. 
C) Compromissos de irmandades e documentos avulsos.

Aspectos para ordenar a elaboração do relatório referente ao Tópico 5:
1. Discuta as várias dimensões da institucionalização da Igreja católica na América portuguesa, considerando aspectos como o padroado régio e as irmandades;
2. Examine alguns dos aspectos que conformam a religiosidade popular na América portuguesa, de acordo com as análises de Laura de Mello e Souza;
3. Analise a cosmogonia indígena e o fenômeno da santidade como prática híbrida, como ritual e como movimento.

6. A crise do antigo regime e o fim do antigo sistema colonial: do barroco às luzes


Textos para leitura e discussões em sala de aula:
A) MAXWELL, Kenneth. Marquês do Pombal: paradoxo do Iluminismo. Trad. Antônio de Pádua Danesi. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1996, pp. 1-35, 95-11.
B) LYRA, Maria de Lourdes Vianna. A utopia do poderoso império. Portugal e Brasil: bastidores da política (1798-1822). Rio de Janeiro: Sette Letras, 1994, pp. 17-23, 107-189.

Documentos para discussão em sala de aula e para elaboração de trabalhos:
A) AZEREDO COUTINHO, José Joaquim da Cunha de. Obras econômicas de J. J. da Cunha de Azeredo Coutinho, 1794-1804 (Apresentação de Sérgio Buarque de Holanda). São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1966 (trecho).
B) SANCHES, A. N. Ribeiro. Cartas sobre a educação da mocidade. Coimbra: Imp. da Universidade, 1922 [1760], pp. 17-22.

Aspectos para ordenar a elaboração do relatório referente ao Tópico 6:
1. Examine as relações entre a pessoa do Marquês do Pombal e a função social que ele desempenhava na estrutura social portuguesa do século XVIII;
2. Discuta as principais reformas encetadas ao longo da segunda metade do século XVIII no império português; 
3. Analise as tensões entre Portugal, Espanha, França e Inglaterra em fins do século XVIII e inícios do século XIX e o papel do reformismo ilustrado no projeto de transferência da corte para o Brasil;
4. Analise de que forma a "utopia do poderoso império" consolidou uma representação do Brasil como sede do império luso.