HISTÓRIA DO ARTESANATO EM CURITIBA 

A feirinha do Largo da Ordem




A Feira

Vista aérea da Feira do Largo da Ordem
No início, a Feira de Arte e Artesanato tinha como atividade principal: o escambo, ou a venda de objetos de segunda mão e, com os  anos, vai passando a ser um mercado de artesanato de alta qualidade, onde existe inclusive um orgão que fiscaliza a qualidade  dos produtos vendidos para que a feira não perca seu objetivo, sua visão. Mas a visão  original não foi de todo abandonada, mas, como a cultura é dinâmica, este mercado cultural foi sendo remodelado pelas novas gerações da cidade.

Esta visão de escambo, algumas vezes foi  incentivada pela própria Fundação Cultural de Curitiba, que em 1977 lançou o programa “Troca tudo na feira”, tentando resgatar uma prática antiga na cidade, que  acontecia em outro ponto – no Cine Curitibano. Os limites originais eram o Largo e a Praça Garibaldi, mas já em 1997 se havia expandido todo o percurso da Rua Barão do Cerro Azul até a Rua Nestor de Castro, e já ocupava parte das ruas Mateus Leme e 13 de maio.  Em 1972 eram 57 expositores, e no início não contava com tanto prestígio.

A Feira do Largo da Ordem, que já foi conhecida por “Mercadinho das Pulgas”, hoje conta com mais de 700 artesãos autorizados, sendo que 70% vivem exclusivamente desta atividade econômica. A feirinha recebe a cada domingo uma média de quinze mil pessoas que percorrem o local em busca do artesanato, das comidas típicas ou apenas de horas de lazer e cultura visitando os locais históricos. Hoje em dia a feirinha conta com uma média de 2000 barracas mas apenas 1300 são efetivamente cadastrada pela prefeitura de Curitiba segundo informação de um feirante. Visitando a feirinha, das 9:00 às 14:00 horas, pode-se encontrar artesantos dos mais diversos artigos em madeira, tecido, lã, couro, palha, vidro, recicláveis e tantos outros materiais em conformidade com a criatividade dos artesãos.  Ainda pode-se contar com a facilidade do pagamento com cartão de crédito e débito em muitas barracas.
Ali encontramos ainda barracas de comidas típicas como os acarajés, os pierogis, as empanadas argentinas, os tacos mexicanos, os doces artesanais e claro os pastéis de feira.  Ainda pode-se visitar as galerias de arte, sebos e antiquários que ficam abertos também neste dia. Segundo seus frequentadores e alguns pesquisadores a feira possui um artesantato extremamente rico, não só pela multiplicidade de técnicas que são utilizadas mas também pelo resultado obtido com cada fio, linha, madeira, barro, vidro, tecido, etc..

" De repente o tempo passa e ninguém sente, danem-se os relógios, os compromissos, somente queremos viver no princípio do prazer e totalmente fora do cansativo princípio do desenpenho onde labutamos tanto em busca de um sucesso que dizem termos de alcançar para sermos felizes.
 Aqui na Praça Garibaldi, nosso imaginário é livre para acontecer entre palavras e gestos soltos, um tempo para todos os encontros, sem cobranças ou acusações, aqui na feira do artesanato do Largo da Ordem, onde eu agora estou vivendo com mais emoções, quero declarar com toda esta arte que nos cerca, que no domingo o portal dos sonhos é aberto neste lugar encantado".  
                                                 

                                                                             Declaração de um turista.


Localização:

A feirinha funciona no Centro Histórico de Curitiba . Acesse o mapa do centro histórico e arredores aqui.



Como chegar:  

Á pé: pode-se ir andando de locais próximos como o  Passeio Público,  do Calçadão da Rua XV de Novembro,  das Praças Osório,  Tiradentes e  19 de Dezembro.

De ônibus:

              Ônibus  Linha Turismo

                  Ônibus Convencional :  Linha Santa Cândida  -  Capão Raso estação Passeio Público

                                                    Linha Pinhais - Campo Comprido estação Visconde de Nacar

                                                    Linha Bairro Alto - Santa Felicidade estação Praça Tiradentes

De carro:  

Aos domingos não há  Estar caso o visitante chegue bem cedo poderá estacionar nas ruas próximas à feira.
Há estacionamentos diversos nas áreas próximas a feira e em média o custo é de  R$ 12,00 (doze) reais por período.


Como participar
No momento não há vagas, mas para quem quiser entrar na fila, alguns critérios precisam ser obedecidos. O primeiro é o preenchimento de um protocolo, onde o interessado faz uma carta apresentando o interesse em participar da feira, além de algumas fotos dos produtos que serão comercializados. Outro ponto importante é apresentar um produto diferenciado. “Tem gente que apresenta panos de prato, bijuterias, mas isso nós já temos bastante, então restringimos um pouco. A gente dá preferência a produtos diferenciados”, explica Marily. Por último, a preferência para quem já tem feira nos bairros. “Em Curitiba temos 25 feiras, e o sonho de todo mundo que está nos bairros é ir para o Largo”, acrescenta.
A feira é administrada pelo Instituto Municipal de Turismo. Para mais informações, o telefone é: 3250-7741. Para saber mais clique aqui.



Universidade Federal do Paraná - História, Memória e Imagem - História e Multimeios
Keolsi&Naviro - Curitiba, 2013
Orientador: Luiz Geraldo Silva