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A construção do mercado foi um fato importante para a urbanização da área do viaduto do Capanema. As terras na região foram doadas ao barão de Capanema, em títulos de nobreza, pelo imperador D. Pedro II, no final do século 19. Depois de 1910, essas terras passaram a ser vendidas a famílias tradicionais da cidade, conduzindo a uma ocupação gradual da área. Mesmo assim, na época de construção do mercado, ainda não havia uma urbanização expressiva da região.
Depois da construção do mercado, houve uma expressiva valorização imobiliária, a colocação de asfalto, a construção de hotéis, restaurantes e outras casas de comércio. É interessante notar que houve uma especialização comercial da área entorno do Mercado, com a predominância de casas de embalagens, produtos agropecuários, utensílios domésticos e laticínios.
Até 1976, não havia sido criada a Ceasa, portanto o Mercado era o principal centro de abastecimento da cidade, que trabalhava principalmente com atacado, mas tinha também o filão do varejo. Dessa forma, o movimento na região do Mercado era muito intenso, o que exigiu na época a criação de uma linha de ônibus específica, o Circular Mercado.
Como em 1976 os grandes atacadistas se mudaram para a Ceasa, o mercado precisou se reinventar, o que leva às primeiras reformas. A primeira providência foi a modernização da fachada, e a amplição do número de boxes, tudo isso a partir de 1982. Como a região tem um problema de alagamento, por ser um banhado, também foi necessário a revitalização sanitária do mercado. Essa reforma maior, que também incluia a rede elétrica e a iluminação, aconteceu em 1998, quando o mercado completava 40 anos. O Ippuc (Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba), ficou com a responsabilidade de revitalização do mercado, para atender as necessidade turísticas da cidade. Em 2002 houve uma reorganização dos boxes. A implantação de praças de alimentação no mezanino e na entrada principal contribui também para a revitalização do local, liberando o andar térreo apenas para os boxes de varejo. Também nessa reforma de 2002 foram reformuladas as estruturas dos boxes, que se tornaram mais modernas.


Fonte:

SGANZERLA, Eduardo. Mercado Municipal de Curitiba. Curitiba: Editora Esplendor, 2005.