SAMBA Existem muitas opiniões diferentes entre pesquisadores sobre o origem do samba, porém a maioria concorda que as raízes vêm da mistura de influências africana e européia. Concordam, também, que a denominação genérica de batuque era dada para a dança e o ritmo com que os africanos mostravam a sua cultura. O batuque foi o principal tronco da manifestação musical popular no Brasil e dele surgiram diversos ramos e tendências que se espalharam por todo o território nacional (tanto em áreas urbanas quanto rurais) sob diversos nomes, ganharam estilos próprios e instrumentos de sons diferentes. É importante salientar que o batuque era uma dança de roda, não se caracterizando ainda como dança de salão. O maxixe era dançado em gafieiras e cabarés e não era bem visto pela sociedade, pois não atendia à moral e aos bons costumes da época. Nesses recintos os homens de status buscavam diversão com mulheres de classes inferiores ou meretrizes. Era uma dança coreograficamente difícil de ser bem dançada, exigindo dos dançarinos um bom preparo físico. Por causa dos seus requebros, dava aos estrangeiros a impressão de sensualidade. Na década de 30 desse século, o maxixe foi transformando-se ou cedendo lugar para um novo estilo de dança: o samba. É válido lembrar que o samba como ritmo expresso através de instrumentos musicais, surgiu antes da dança e pode ter firmado as suas características principais com a evolução da indústria fonográfica. Nessa época o ambiente da música popular brasileira era um aglomerado de influências. O Rio de Janeiro, sendo a capital do Brasil, era a cidade que ditava a moda no país. Recebia muitos migrantes baianos, que tiveram participação importante na formação do que futuramente chamaríamos de samba de carnaval. O samba de gafieira firmou-se na década de 40 no Rio de Janeiro como dança de salão, mas continua evoluindo até hoje, absorvendo influências das mais diversas danças. Aos salões paulistanos, o samba de gafieira começou a ser introduzido na década de 90, principalmente, com a vinda do coreógrafo João Carlos Ramos e outros dançarinos cariocas. Vale acrescentar que existem diferenças de estilo entre as escolas. Um fenômeno interessante é que apesar do samba de gafieira estar cada vez mais sendo dançado em São Paulo, o público é exclusivamente de pessoas ligadas à dança de salão, diferentemente das febres que agitaram a cidade, como o pagode e o forró, que ficaram populares entre outras tribos – adolescentes e freqüentadores de danceterias convencionais. “Foi possivelmente na década de 80 que o samba de gafieira começou a perder a sua forma original de se dançar, pois nota-se a inclusão de diversos passos de tango a partir daí, como as sacadas batizadas de pernadas no samba”, observa o coreógrafo João Carlos Ramos. Sabe-se, ainda, que na década de 30 a presença de argentinos – que dançam tango – era marcante nos portos do Rio de Janeiro, influenciando alguns aspectos do Samba. |
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Fonte: <http://www.andreiudiloff.com.br/cursos/samba-de-gafieira/> |