Antigo Egito                        

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EGIPTOMANIA: O EGITO NAS TELAS

A antiguidade egípcia sempre despertou um grande fascínio nos homens durante toda a história; talvez, pelo ar de mistério que ronda o legado desta civilização. Diversos foram os símbolos do antigo Egito adaptados à vida cotidiana na atualidade. Esses símbolos, da forma que são hoje utilizados, não têm os mesmos significados que tinham para os antigos egípcios, e nós, na atualidade, criamos novos significados para eles, justamente pelo deslumbramento que eles nos despertam.

Desde o começo da história do cinema no início do século XX temas sobre a antiguidade egípcia sempre foram fonte de inspiração para os roteiros. A múmia sem sombra de dúvida foi uma dessas grandes inspirações. O mito de a múmia voltar a vida e estar relacionada à malignidade com certeza foi criada pelo cinema, principalmente pelo norte americano.

A múmia, porém, não foi o único aspecto relativo ao antigo Egito a inspirar o cinema. A imagem que possuímos em nosso imaginário da rainha Cleópatra é derivada de uma superprodução do cinema que criou uma representação da rainha-faraó que ela não possuía no antigo Egito.  A passagem bíblica de Moisés pelo Egito e a vida neste local também foram explorados em diversos filmes aumentando ainda mais o fascínio e a nossa imaginação acerca da antiguidade deste povo. Os roteiros escritos para o cinema sobre o antigo Egito são criações que demonstram valores que não estavam presentes em tempos remotos. O cinema é sem dúvida um grande exemplo de apropriação de um cenário fascinante ao qual novos significados foram construídos e ambientados no Egito faraônico. 


 

O Príncipe do Egito: Este desenho de 1998 é totalmente fundamentado na passagem bíblica de Moisés pelo Egito. Ele pode ser considerado uma releitura do filme “Os Dez Mandamentos”. Demonstra o cotidiano e a arquitetura do palácio e dos templos, assim como as casas dos camponeses, ou seja, apresenta a vida no Nilo. As vestes das pessoas, a organização espacial, assim como a vida no deserto foram bem explorados pelos produtores do desenho. Esta é uma visão da antiguidade egípcia que vale a pena ver, porém nem tudo ali apresentado pode ser encarado como verdade absoluta. Neste desenho, embora a representação do Egito tenha sido bem feita, não podemos esquecer que as imagens no desenho apresentadas foram apropriadas e utilizadas para entreter e divertir o homem contemporâneo, já que esta é uma das principais funções do cinema. Trailer.

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Trilogia "A Múmia": O primeiro filme da trilogia, “A Múmia” é de 1999, e foi baseado em um outro filme, de mesmo nome, de 1932. O filme se passa em 1923, com um grupo de arqueólogos que, durante uma escavação, encontram a múmia de Imhotep e a trazem de volta à vida. Apesar de ambientada no Egito, muito do que se vê, referente ao Egito e a escavações não apresenta características reais, porém a equipe de pesquisa para a realização do filme fez um ótimo trabalho, incluindo o nome da produção em hieróglifos durante os créditos e referências à Tumba de Tutankhamon. O filme é estrelado por Brendan Fraser e Rachel Weisz.  Para ver os trailers:  "A Múmia" ,  "O Retorno da Múmia"  e "A Múmia: Tumba do Imperador Dragão".

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Alexandria (Ágora): A participação de Rachel Weisz nos dois primeiros filmes de “A Múmia” não foi o único contato que a atriz teve com o mundo egípcio durante filmagens. Alexandria (Ágora, em seu título original) se passa no Egito já conquistado por romanos entre 355 e 415 d.C.. O filme é ótimo no que diz respeito a representação da mulher, no caráter filosófico e no conflito de crenças com o cristianismo e o judaísmo ganhando força. Além disso, o filme ainda traz ótimas paisagens em suas cenas, o visual e o enredo prendem a atenção do começo ao fim. Trailer.

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Cleópatra: Um dos muitos e talvez o mais famoso filme que adaptou simbologias do antigo Egito tenha sido “Cleópatra” estrelado por Elisabeth Taylor. Este filme da década de 1963 ainda permeia o nosso imaginário a respeito desta rainha do Egito. Esta Cleópatra a que o filme se refere foi a Cleópatra VII, pois sua mãe chamava-se Cleópatra V e uma de suas irmãs Cleópatra VI. Este filme é mais um exemplo da apropriação realizada pela nossa sociedade contemporânea da antiguidade egípcia, contribuindo para o imaginário que possuímos do passado egípcio. Trailer.

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O Egípcio: O filme de 1954 é baseado no romance finlandês homônimo publicado em 1945. A história situa o médico Sinuhe no centro da reforma religiosa levada à cabo por Akhenaton e, assim, demonstra aspectos da religiosidade egípcia e dos costumes deste período específico. Deve-se ter em mente, porém, que o longa metragem, fortemente influenciado pela cultura cristã, aproxima a fé dos egípcios da fé católica, representando os sacerdotes dos antigos deuses como vilões e o famoso símbolo Ankh como o símbolo da nova religião de Akhenaton, numa clara emulação da cruz de Cristo.

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Os Dez Mandamentos: Os Dez Mandamentos (1956) é talvez o mais famoso filme a apresentar Moisés e o Faraó Ramses II, sendo a segunda empreitada do diretor Cecil B. DeMille a retratar esta passagem bíblica referente ao Egito Antigo (a primeira foi com o homônimo Os Dez Mandamentos, filme mudo de 1923). Ainda que atenção aos detalhes históricos tenha sido dispensada em especial aos elementos hebraicos da trama, as representações acerca do Egito também foram amparadas por pesquisas e consultoria especializada – e objetos cenográficos foram reaproveitados a partir do filme O Egípcio, de 1954. Trailer.

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Nefertiti, A Rainha do Nilo: O filme italiano de 1961 ficcionaliza o passado da famosa rainha Nefertiti. A trama do filme é centrada no relacionamento amoroso entre um escultor e esta rainha, antes e depois de seu casamento com Akhenaton (chamado aqui de Amenophis). O longa metragem, apesar das liberdades artísticas com a história tradicional deste período, apresenta com bastante ênfase o famoso busto de Nefertiti, peça que hoje se encontra na Alemanha.

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     As Múmias do Faraó: O filme francês foi lançado em 2010 e relata a história de Adèle, uma jovem repórter que viaja até o Egito em busca da múmia de um médico  egípcio, afim de ressuscitá-lo para salvar sua irmão catatônica. Enquanto isso, um pterodátilo de 136 milhões de anos, sai de um ovo que estava no museu de história natural e passa a assombrar a cidade, sendo Adèle a responsável de parar a criatura, pois tudo estava relacionado. O filme foi inspirado em quadrinhos como Tim Tim e Asterix e Obelix, apresentando um grande grau de fantasia e muitas noções modernas sobre os povos antigos. Trailer. 

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    O Escorpião Rei: Lançado em 2002, o filme narra a origem de um dos antagonistas do longa “A Múmia” (2001) – homônimo ao título. A representação histórica no filme é quase que completamente ficcionalizada, contando apenas com menções à detalhes mais precisos, como o reino dos Acádios e a alcunha do protagonista – Escorpião Rei –, baseada no faraó do período pré-dinástico, Escorpião II (ou Selk). Trailer.

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    Thundercats (1985 – 1989): Foi um desenho animado muito popular no Brasil na década de 1990. Apesar de possuir uma trama específica, a história de Thundercats é cercada de elementos egípcios presentes num imaginário mais amplo, como os atributos do antagonista, Mumm-Ra, uma múmia reanimada por demônios e espíritos malignos, e seu covil, uma pirâmide negra, símbolo de um passado misterioso e de maldições, popularmente relacionadas às pirâmides reais e às tumbas de faraós. As influências egípcias não atingiram somente o vilão, o próprio quartel-general dos thundercats tinha a forma de uma esfinge. Episódio online.