Antigo Egito                       

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Do pré-dinástico à Narmer

Culto ao Deus Aton

Mediterrâneo

Mumificação: origem e confecção

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CURIOSIDADES

Com o passar dos anos, muitas interpretações errôneas se formaram sobre as múmias. Uma delas vê a mumificação como forma de punição ou castigo aplicado em pessoas ainda vivas. Esse erro é justificado pelos shabits, pequenos bonecos que imitavam trabalhadores eram enterrados junto com o morto, para o servir pela eternidade. Curiosamente, isto gerou outro mito envolvendo o ritual: escravos seriam enterrados vivos nas necrópoles, para servir ao morto. Contudo, nenhuma pessoa viva era enterrada, os trabalhadores enterrados eram as shabits, feitas normalmente de barro ou terracota.

Outro exemplo de má interpretação se dá pelo próprio nome "múmia". Quando os árabes foram ao Egito e se depararam com uma múmia, ao ver o corpo escurecido devido a resina, acreditaram que os egípcios usavam betume para realizar a mumificação, por isso começaram a chamar os corpos de múmia, uma vez que a palavra árabe "mummyia" significa betume.

A lenda mais conhecida acerca dos mortos é a "maldição do faraó". Essa crença teve origem com a descoberta da tumba de Tutankhamon, quando os pesquisadores, já com a saúde abalada pelo clima do deserto africano, estavam a ponto de desistir das escavações. Na última tentativa, Haward Carter e sua equipe desvendaram uma tumba praticamente intacta, uma descoberta inédita para a expedição inglesa. Por esse motivo, apenas os jornais da Grã-Bretanha puderam noticiar o acontecimento. Pouco tempo depois, o patrocinador da expedição teve problemas de saúde e veio a falecer, o que abriu a brecha para que jornais de outros países, que não podiam noticiar os acontecimentos, criassem o boato de que a múmia iria se vingar de quem a atrapalhasse de seu sono. É impossível que um corpo com cerca de 3 ou 4 mil anos de idade tenha algum poder maléfico, mas muito tem se falado nas maldições, sendo assuntos de livros e filmes.

Para os egípcios antigos, a terra onde viviam não se chamava Egito, mas Kemit, que significa "O Negro". O nome é uma referencia às margens do Nilo ressaltando a importância que os egípcios davam à fertilidade das proximidades do Rio, que ao fertilizar a terra, formava um lodo de cor negra, daí o nome Kemit.

Quando vemos alguma representação egípcia ou as próprias peça em museus, notamos que muitos de seus artefatos e adornos eram feitos de ouro, o que nos faz pensar que este metal era muito abundante na região. Entretanto, no Egito Faraônico existia pouca quantidade de ouro, a maioria era obtida da Núbia, local que por muito tempo foi dominado política e economicamente pelos faraós.