Antigo Egito                     

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Apresentação

Do pré-dinástico à Narmer

Culto ao Deus Aton

Mediterrâneo

Mumificação: origem e confecção

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DO PRÉ-DINÁSTICO À NARMER

Quando pensamos em Egito, muitas vezes, esquecemos que é um país africano, contudo, o nordeste da África começou a ser povoado desde  aproximadamente dez mil anos antes de Cristo, quando grupos de populações de caçadores e coletores migraram para a região, devido às mudanças climáticas causadas pela última glaciação, que acabara de acontecer. Entretanto, este país já está muito distante de ser o que era, a única semelhança, além da localização, é o clima e suas características físicas naturais.

Predominantemente desértico, não existia muita vegetação no Egito, a não ser nas proximidades do Rio Nilo. Por esse motivo, os egípcios foram nômades por muito tempo, tendo que sair em busca de seu alimento, da água e não podendo se fixar na região. Apenas com o passar dos anos foram percebendo as enchentes do Nilo, que duravam de junho a outubro e fertilizavam a terra, trazendo restos de animais, plantas e algas, junto com a água e, assim, fertilizando-a. Visto isso, começaram a desenvolver as técnicas de agricultura e pecuária, somente então puderam se fixar na região, em, aproximadamente, 5000 a.C, formando grupos, chamados nomos, cada um com seu governante. Estes nomos foram se unindo aos poucos, seja por uniões pacíficas ou guerras, até que se formaram apenas dois, o Alto Egito (ao sul) e o Baixo Egito (ao norte). Graças ao faraó Narmer, também conhecido como Menés ou Aha, estes dois Egitos também se unificaram, por volta de 3100 a.C.. O faraó então passou a ser considerado o dono de toda aquela extensão de terras e contava com a ajuda de algumas pessoas para administrá-la, entre elas estavam: construtores, sacerdotes (responsáveis por rituais religiosos) e os escribas (responsáveis pelos documentos oficiais e coleta de impostos).

Mas se todas aquelas terras eram do faraó, ele ia permitir que vivessem nelas? O faraó teria alimento se não houvesse ninguém plantando? Daí surgiram os impostos, mas como naquela época (cerca do século XXXII a.C) não existia dinheiro, como moeda ou papel moeda, estes impostos eram cobrados de acordo com o que tinham. Se o camponês estivesse plantando trigo, com o trigo ele pagaria, a mesma coisa acontecia com a uva e a cevada, por exemplo. Exatamente metade era mandada para o faraó, enquanto a outra metade ficaria para o camponês, que também poderia pagar a partir de sua produção, com a farinha ou o pão, no caso do trigo; com o suco ou com o vinho, se tivesse uva; ou com a cerveja, se produzisse cevada.

Por ser muito reservado, o faraó precisava da ajuda dos escribas para o contato com as pessoas. Por outro lado, o faraó precisava ser reconhecido pelo seu povo e, para isso, espalhava estátuas com a sua imagem e símbolos de poder ao longo do Rio Nilo. Dentre estes símbolos estavam: joias, coroas, cetro, mangal e uma barba postiça. As joias representavam as riquezas, pois se todas aquelas terras eram do faraó, todas as riquezas também eram, por isso um faraó está sempre usando anéis, pulseiras, brincos, braceletes, etc. A barba postiça representa a experiência, uma vez que o faraó chega ao poder muito jovem (cerca de 12 anos a maioria), deve mostrar experiência e sabedoria de alguma forma e barba é um símbolo se pessoas mais velhas, que consequentemente têm experiência e sabedoria. Os demais símbolos (coroas, cetro e mangal) normalmente são representados sendo entregues pelo deus Hórus, indicando que era a vontade dos deuses que aquele faraó chegasse ao poder, assim respeitariam o faraó para não irritar os deuses.

E por que falar de coroas no plural? A resposta é muito simples. Quando Narmer unificou o Alto e Baixo Egito, uniu também suas coroas, como forma de demonstrar que aquelas terras pertenciam agora a um só faraó. Não por acaso, os faraós foram muito referenciados como: Senhor das Duas Terras.