Alfredo Andersen – 1918 - Porto De Paranaguá |
Alfredo Andersen – 1926 – Auto Retrato |
Alfredo Andersen – 1923 – Gloriosos Campos |
Alfredo Andersen Alfredo
Andersen nasceu em Kristiansand, na Noruega, em 3 de novembro de 1860. Pintou
sua primeira tela intitulada “Akt” aos treze anos. Foi aceito como discípulo de
Wilhelm Krogh. Atuou com pintor, escultor, decorador, cenógrafo e desenhista. Em 1879 ingressou, por concurso,
na Academia Real de Belas Artes de Copenhagen. Foi professor de desenho livre
na Escola de Rapazes, junto ao Asilo de Vesterbron, rompendo com a tradição de
ensino através da cópia de gravuras impressas, adotando o modelo vivo. Como crítico
de arte foi enviado a Paris para o Salão Oficial de Belas Artes. Em 1891 e 1892
viajou pela Europa, Ásia, Índia e América, e chegou ao Brasil na Paraíba do
Norte em 1892, pintou “Porto de Cabedelo”, seu primeiro registro artístico no
país. Após retornar à Noruega fez outra grande viagem partindo da Inglaterra em
direção a Buenos Aires. Alguns concertos no navio em que viajava exigiram uma
parada em Paranaguá, no Paraná, onde permaneceu por dez anos, cativado pelo
Brasil. Casou-se com Anna de Oliveira, descendente de índios, constituindo uma
família de quatro filhos. Em 1902 transferiu-se
para a capital, Curitiba. Fez projetos para escolas oficiais de arte e foi
professor de Desenho na Escola Alemã, Colégio Paranaense, Escola de Belas Artes
e Indústrias de Mariano de Lima e Escola Profissional Feminina República
Argentina. Alfredo Andersen foi, acima de
tudo, um grande animador das Artes Plásticas do Paraná. Ensinou como um grande
mestre, orientou tendências como um sábio, permitiu a liberdade de criação,
desenvolvendo assim, um trabalho pioneiro na formação de algumas gerações de pintores
entre os quais destacam-se Traple, Freysleben, Lange de Morretes, Theodoro de
Bona, Maria Amélia D’Assunção, Isolde Höltte, seu filho Thorstein, entre
outros. Como pintor e
desenhista, documentou sua época, dentro de três linhas temáticas: o retrato, a
cena de gênero e a paisagem. Utilizou uma linguagem plástica própria, fruto da
concepção artística presente na Noruega do século XIX. Em 9 de agosto
de 1935, Andersen faleceu na sua residência-atelier, onde se situa hoje o
museu. Pelo seu trabalho pictórico, durante toda sua vida passou a ser
considerado o “Pai da Pintura Paranaense”. Retirado de : Setor de Pesquisa, Museu Alfredo Andersen, 2014. |