João Turin – 1917– Pietá |
João Turin – 1947– Luar do Sertão |
João Turin – Sem Data – Guairacá |
João
Turin Descendente
de agricultores da região de Veneza, João Turin nasceu em Porto de Cima,
próximo ao litoral paranaense, no dia 21 de setembro de 1880. Anos
mais tarde veio para Curitiba, residindo à rua Dr. Pedrosa, até a morte de sua
mãe, mudando-se então para uma chácara no bairro Água Verde, onde passou parte
de sua juventude. Exerceu
diversos ofícios: aprendiz de torneiro, de ferreiro, de sapateiro e por fim
entalhador em madeira, desenvolvendo sua vocação para escultura. A
sensibilidade artística e habilidade do jovem, que criava figuras em argila com
impressionante facilidade, fez com que várias personalidade da Capital
conseguissem com o Governo do Estado uma bolsa de estudos para a Europa. Turin
parte em 1908, a fim de estagiar na Real Academia de Belas Artes de Bruxelas,
permanecendo ali até 1911, tendo nesse período obtido alguns prêmios com seus
trabalhos. A direção da Escola, reconhecendo seu talento, permitiu ao artista
que montasse atelier na própria Academia. Data dessa época a escultura “No
exílio”, que recebeu menção honrosa no Salão de Paris e que hoje pode ser vista
na municipalidade de Bruxelas. “Fogo Sagrado”, trabalho de grandes dimensões, executado
nesse período, obteve igualmente as melhores referencias da critica. Executou
também, entre outros, busto do Barão do Rio Branco e estudos naturais de Olavo
Bilac e Epitácio Pessoa. Deixando
a capital belga, Turin instala-se em Paris, tendo ali permanecido até 1923.
Exerceu então funções de auxiliar tipógrafo, que lhe permitiu complementar a
modesta ajuda oficial do Estado, até a conclusão de seus estudos. Executou
nessa ocasião a escultura em pedra “Pietá” para uma igreja da Normandia. Em
1922, concluiu uma estatua de Tiradentes, com dois metros de altura. Visitou
posteriormente a Holanda, Espanha, Itália e Portugal. Retornando
ao Brasil, fixou residência em Curitiba, onde produziu uma serie de esculturas
e baixo-relevos, alguns em colaboração com Zacco Paraná, alem dos bustos em
bronze de Emiliano Perneta, Emílio de Menezes, Victor do Amaral e outros
monumentos colocados em logradouros públicos em Curitiba. Seus
tigres são bastante conhecidos em todo o Brasil e principalmente no Rio, onde
essas obras podem ser encontradas em algumas praças e na Quinta da Boa Vista.
Turin executou em bronze uma estatua do índio “Guairacá” que Romário Martins
fez viver através de seus escritos. João
Turin recebeu os mais importantes lauréis do Salão Paranaense, Salão Paulista e
Salão Nacional de Belas Artes. O busto de Dario Vellozo recebeu medalha de ouro
no Salão Paranaense de 1947. No ano seguinte logrou obter medalha de ouro no
Salão Nacional de Belas Artes. Faleceu
em 10 de julho de 1949, na cidade de Curitiba, tendo recebido do povo e de seus
colegas da recém-fundada Escola de Belas Artes do Paraná as mais significativas
e comoventes homenagens. Retirado de: Catalogo da Exposição “3 Escultores Do Paraná” , 1974, BADEP
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